A Escola do Babá de
Angola, Malta dos Guris e das Gurias nasceu de fato, em 1990, vinculada aos
movimentos social e negro. Foi ganhando aos poucos sua autonomia e
características específicas, tendo como objetivo a construção da cidadania com
o resgate da identidade, elevando assim, a autoestima da população jovem, em
situação de pobreza. A ideia de nomear a entidade como
"Escola" veio do sonho de formar a primeira Escola de Tradição,
que trabalhasse a questão da confecção de tambores, dos fundamentos, princípios
e conhecimentos direcionados a resgatar toda a tradição da cultura negra e onde
se pudesse contribuir para formar a identidade de jovens negros e comunidades
populares.
O
"bêabá" deve-se ao fato de trabalharmos a base da capoeira, do samba
de roda, da confecção de tambores, enfim, a base de todos esses conhecimentos
que pra nós são importantes. "Bêabá" também porque é a base de toda
uma educação familiar, étnica, social, cultural, política e religiosa, então,
ela é a base, o começo.
De
"Angola" porque estamos muito envolvidos com a cultura Bantu, de
Angola, Congo.
"Malta"
era o termo utilizado antigamente para designar homens de periferia, gangues e
era assim que os grupos de capoeira do Rio de Janeiro se chamavam anteriormente,
além disso, "Malta" traz a ideia de bando, coletivo.
"Dos
Guris e das Gurias de Rua" porque, na ocasião da formação da Escola, os
integrantes eram jovens com experiência de rua, não moradores de rua, mas com
essa caminhada, já que a capoeira na época era bastante aguerrida.
Assim,
a Escola do Bêabá de Angola Malta dos Guris e Gurias de Rua vem com essa
proposta de ensinamento informal de nossas tradições.
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